19. Vi que sempre havia impurezas por trás de minhas palavras
Eu estava supervisionando o trabalho de rega na igreja. Depois de mais de três meses, o trabalho de cultivar regadores continuava progredindo devagar. Meu irmão parceiro, Wang Lei, costumava me lembrar de buscar e refletir sobre essa questão, mas, toda vez que ele fazia isso, eu sentia alguma resistência no coração, pensando que eu não tinha sido preguiçoso e que estava trabalhando duro para resolver os problemas dos regadores, e me perguntava: “Por que o progresso deles sempre foi tão lento? Não sei o que poderia ser. Acho que é por eles terem um calibre ruim e por seus caracteres corruptos serem graves demais”. Assim, toda vez que o irmão Wang Lei me lembrava de resumir o trabalho, essa era a atitude que eu tinha. Eu achava que, por já ter trabalhado muito, não havia necessidade de refletir, mas então pensei: “Depois de tanto tempo, ainda não há resultados do trabalho de cultivo de pessoas, e os regadores continuam progredindo devagar. Os líderes e supervisores certamente estão de olho nisso e, se eu não conseguir resumir questões específicas, o que vão pensar de mim? Será que vão achar que estou completamente entorpecido, que fui ineficaz em meu dever e que nem sequer reflito sobre mim mesmo? Mas eu realmente não sei quais são os meus problemas. Eu poderia tomar a iniciativa de falar sobre as questões, dizer que tenho enfrentado dificuldades e que quero buscar uma senda. Dessa forma, os líderes não só não me podarão, como também pensarão que sou honesto e que, quando há problemas em meu trabalho, eu não os escondo e tomo a iniciativa de buscar ajuda, e acharão que sou uma pessoa que busca a verdade”. Quando pensei nisso, fiquei muito feliz e achei que tinha encontrado uma solução mágica para os meus problemas. Então, escrevi minhas dificuldades em um relatório de trabalho e fiz questão de acrescentar no final: “Vou continuar buscando. Se vocês encontrarem quaisquer problemas, espero que os comuniquem e me apontem”. Depois de enviar o relatório, fiquei satisfeito.
Um dia, Wang Lei disse: “Os líderes escreveram perguntando por que você não obteve nenhum resultado em seu trabalho no cultivo de regadores”. Pensei em como, alguns dias antes, eu havia pedido ajuda aos líderes em meu relatório de trabalho, e que, por estarem pedindo a Wang Lei para examinar minha situação, eles provavelmente estavam tentando me ajudar a identificar os problemas. Mais tarde, porém, pensei: “Os líderes estão fazendo isso para analisar minha situação. Será que estão começando a me investigar porque realmente acham que há problemas em meu dever? Estou desempenhando meu dever há tanto tempo sem obter nenhum resultado. Sabe lá o que eles vão descobrir! Se descobrirem que eu tenho muitos problemas ou algumas questões sérias em meu dever, eles vão me podar? Será que vão achar que meu calibre é ruim e que não consigo fazer trabalho real, e então vão me dispensar? Isso seria uma humilhação total!”. Quando esses pensamentos me ocorreram, senti uma onda de pânico: “Eu não esperava que as coisas chegariam a esse ponto. Isso não é cavar a própria sepultura? O que devo fazer sobre isso?”. Não importava o que eu fizesse, eu simplesmente não conseguia me acalmar. À noite, enquanto ouvia Wang Lei digitando no teclado, eu pensava: “Quantos problemas meus ele está relatando? O que os líderes vão pensar de mim?”. Eu me sentia um tanto inquieto e não conseguia me concentrar no trabalho. Então, vim para diante de Deus e orei: “Deus, acho que meu estado foi realmente impactado por essa situação e não sei que lição eu deveria estar aprendendo aqui. Por favor, guia-me para buscar a verdade sobre esse assunto e para vir a conhecer meu caráter corrupto”.
No dia seguinte, depois do café da manhã, comecei a ler as palavras de Deus e refleti sobre meu estado. Li as palavras de Deus: “É uma coisa maravilhosa se você consegue aceitar que a casa de Deus supervisione, observe e tente entender você. Isso ajuda você no cumprimento do seu dever, em você ser capaz de desempenhar seu dever de uma maneira que esteja de acordo com o padrão e de satisfazer as intenções de Deus. Isso beneficia e ajuda você, sem qualquer desvantagem mesmo. Assim que entendeu esse princípio, você não deveria, então, não mais ter sentimento nenhum de resistência ou resguardo contra a supervisão de líderes, obreiros e do povo escolhido de Deus? Mesmo que, às vezes, alguém tente entendê-lo, observá-lo e supervisione seu trabalho, isso não é algo que deve ser levado para o lado pessoal. Por que digo isso? Porque as tarefas que agora são suas, o dever que você desempenha e qualquer trabalho que você faz não são assuntos privados nem um emprego pessoal de nenhuma pessoa; eles dizem respeito ao trabalho da casa de Deus e estão relacionados a uma parte da obra de Deus. Portanto, quando alguém passa um pouco de tempo supervisionando ou observando você ou chega a entendê-lo num nível profundo, tentando ter uma conversa franca com você e descobrir como anda seu estado durante esse tempo, e mesmo quando a atitude dele é um pouco mais dura e ele poda, disciplina e repreende você um pouco, tudo isso acontece porque ele tem uma atitude conscienciosa e responsável em relação ao trabalho da casa de Deus. Você não deveria ter nenhum pensamento nem emoção negativo em relação a isso” (A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros, “As responsabilidades dos líderes e dos obreiros (7)”). Ao ler as palavras de Deus, entendi que, quando a casa de Deus supervisiona e examina o trabalho, é para ajudar as pessoas a corrigir desvios e desempenhar bem seus deveres, e que eu não deveria ter qualquer sentimento de resistência ou cautela, já que isso não se alinha às intenções de Deus. Pensei em como, durante esse tempo, embora eu estivesse ocupado todos os dias com meu dever, muitas vezes me comunicando com irmãos em reuniões, eu não havia alcançado, no fim das contas, nenhum bom resultado. Devia haver muitas questões em meu trabalho das quais eu não tinha conhecimento, e, se eu não identificasse e resolvesse essas coisas a tempo, elas continuariam a atrasar o trabalho. Quando os líderes questionaram os irmãos sobre os problemas em meu dever, era com o intuito de me ajudar a encontrar as razões para esses problemas, o que seria benéfico tanto para o meu trabalho quanto para minha entrada na vida. Eu não deveria viver em um estado de resistência e cautela por medo de passar vergonha nem me arrepender de ter exposto meus próprios problemas. Eu tinha que aceitar a supervisão de meus irmãos e, a despeito dos problemas que eles apontassem, tinha que ter um coração honesto e uma atitude de aceitar a verdade. Isso é o que se alinha com as intenções de Deus. Pensando nisso, senti-me um pouco liberado.
Depois, continuei a buscar e me perguntei: “Claro que eu queria encontrar a razão pela qual não tenho tido nenhum resultado em meu dever, mas por que fiquei tão sensível e por que minha mente disparou quando os líderes examinaram mesmo meu trabalho?”. Ao refletir, percebi que eu havia sido realmente enganoso. Li as palavras de Deus: “Após ser corrompida por Satanás, toda a humanidade vive num caráter satânico. Como Satanás, as pessoas se disfarçam e embrulham em todos os aspectos, e recorrem a engano e joguinhos em todos os assuntos. Não existe nada em que não recorram a engano e joguinhos. Algumas pessoas até fazem joguinhos enganosos em atividades tão comuns como fazer compras. Por exemplo, elas podem ter comprado uma roupa da mais alta moda, mas — embora a amem muito — não ousam usá-la na igreja, temendo que seus irmãos e irmãs falem sobre elas e as chamem de superficiais. Assim, elas só a vestem quando os outros não estão perto. Que tipo de comportamento é esse? É a revelação de um caráter enganoso e trapaceiro. Por que alguém compraria uma roupa da alta moda, mas não ousaria vesti-la na frente de seus irmãos e irmãs? No coração, ele gosta de coisas da alta moda e segue as tendências do mundo, como fazem os não crentes. Ele tem medo de que os irmãos e irmãs o enxerguem, vejam como ele é superficial, vejam que ele não é uma pessoa respeitável e honrada. No coração, essas pessoas buscam coisas da alta moda e têm dificuldade de abrir mão delas, por isso só podem vesti-las em casa e têm medo de permitir que seus irmãos e irmãs as vejam. Se as coisas que amam não podem ser vistas, por que, então, elas não conseguem abrir mão delas? Não existe um caráter satânico que as controla? Elas sempre falam as palavras e doutrinas, e parecem entender a verdade, mas são incapazes de colocar a verdade em prática. Essa é uma pessoa que vive segundo um caráter satânico. Se alguém é sempre fraudulento em fala e ação, se não permite que os outros o vejam pelo que é, e se sempre ostenta a imagem de uma pessoa piedosa na frente dos outros, qual é a diferença entre ele e um fariseu? Ele quer levar a vida de uma prostituta, mas também quer que um monumento seja construído em honra a sua castidade. Ele sabia muito bem que não poderia vestir sua roupa exótica em público; por que, então, ele a comprou? Não foi um desperdício de dinheiro? É só porque ele gosta desse tipo de coisa e seu coração se apegou a essa roupa, por isso ele achou que deveria comprá-la. Mas uma vez que a comprou, ele não pode vesti-la em público. Passados alguns anos, ele se arrepende de ter comprado e tem uma percepção repentina: ‘Como pude ser tão tolo, tão repugnante a ponto de fazer isso?’. Até ele se enoja com o que fez. Mas não consegue controlar suas ações, porque é incapaz de abrir mão das coisas de que gosta e que busca. Assim, ele adota tática falsa e trapaça para se satisfazer. Se revelar um caráter enganoso num assunto tão insignificante, ele será capaz de praticar a verdade quando se tratar de algo maior? Seria impossível. Evidentemente, sua natureza é ser enganosa, e o engano é seu calcanhar de Aquiles” (A Palavra, vol. 3: Os discursos de Cristo dos últimos dias, “A prática mais fundamental de ser uma pessoa honesta”). Pelas palavras de Deus, entendi que, quando as pessoas vivem em um caráter enganoso, não conseguem aceitar o escrutínio de Deus sobre suas palavras e ações e, em vez disso, agem de uma forma na frente dos outros e de outra pelas costas, sempre usando truques para se disfarçar e dificultando que os outros enxerguem a verdade. Ser uma pessoa genuinamente enganosa é isso. Lembrei-me de antes, quando estava relatando o trabalho. Eu de fato não achava que tinha problemas no cultivo de pessoas, achei que havia trabalhado muito e, mesmo quando meu irmão parceiro me lembrou de resumir meus desvios, não pensei em refletir sobre mim mesmo, mas o fato de que os resultados eram ruins já estava bem claro, então o que os líderes e o supervisor pensariam a meu respeito se eu não conseguisse descobrir as razões para tal? Para livrar minha cara, falei deliberadamente que havia encontrado dificuldades e que queria buscar uma solução. Embora eu parecesse sincero no que dizia, como se tivesse um grande senso de fardo pelo trabalho, na realidade, eu não tinha nenhuma intenção de buscar a verdade para resolver o problema e só estava pondo uma fachada para os outros, para que os líderes me vissem como alguém que parecia ter um grande desejo de buscar e que era honesto. No entanto, quando os líderes realmente analisaram os desvios e problemas em meu dever, fui revelado. Eu temia que problemas sérios fossem expostos em meu trabalho e que os líderes pensassem que eu tinha um calibre baixo, que não tinha capacidade de trabalho ou até mesmo que me dispensassem. Por isso, eu vivia com sentimentos de resistência, lamentando ter buscado orientação sobre os problemas e chegando até a pensar que, ao relatá-los, estaria cavando minha própria sepultura. Percebi que minha busca pelos problemas não visava resolvê-los, e sim manter meu status e minha imagem no coração dos líderes. Eu não estava só tentando ludibriar os outros e cometer engano? Isso foi realmente o que Deus expôs — ser duas caras e querer levar a vida de uma prostituta, mas também ter um monumento construído à minha castidade. Pensei nos fariseus de antigamente. Embora parecessem muito piedosos e ansiassem pela chegada do Messias, quando o Senhor Jesus realmente veio operar, independentemente de quantos milagres realizasse ou quantas verdades expressasse, eles não aceitaram nada disso, chegando até a resistir e condenar o Senhor Jesus para proteger seu status e seu sustento. Eles pareciam piedosos em seu anseio pela chegada de Deus, mas, na realidade, só estavam tentando desorientar as pessoas e não passavam de hipócritas. No que eu estava me comportando diferente dos fariseus?
Certa manhã, durante meus devocionais, pensei em uma frase das palavras de Deus: “Elas fingem uma coisa enquanto fazem outra, para atingir seu objetivo oculto”. Como senti que ela se alinhava bem com meu estado, encontrei esta passagem das palavras de Deus para ler. Deus Todo-Poderoso diz: “Qual é a principal característica da perversidade? É que suas palavras soam muito agradáveis e, na superfície, tudo parece certo. Não parece haver nenhum problema, e de todos os ângulos tudo parece ótimo. Quando a pessoa perversa faz algo, não se vê os meios que ela usa e, externamente, não há falhas nem pontos fracos que a impeçam de atingir seu objetivo. Ela faz as coisas de maneira extremamente furtiva. É assim que os anticristos desorientam as pessoas. Pessoas e questões como essas são as mais difíceis de se discernir. Algumas pessoas costumam dizer as coisas certas, usam desculpas plausíveis e empregam certas doutrinas, ditados ou ações que se conformam à afeição humana para enganar as pessoas. Elas fingem uma coisa enquanto fazem outra, para atingir seu objetivo oculto. Isso é perversidade, mas a maioria das pessoas considera esses comportamentos apenas enganosos. As pessoas têm um entendimento e uma dissecação relativamente limitados da perversidade. Na verdade, é mais difícil discernir a perversidade do que a enganação, porque ela é mais furtiva e seus métodos e práticas são mais sofisticados. Se uma pessoa tem um caráter enganoso, geralmente os outros conseguem detectar isso depois de interagir com ela durante dois ou três dias, ou conseguem perceber a revelação de seu caráter enganoso nas ações e palavras dessa pessoa. Entretanto, supondo que essa pessoa seja perversa; isso não é algo que se possa discernir em poucos dias, pois, se nenhum evento significativo ou circunstância especial ocorrer em um curto período de tempo, não é fácil discernir a perversidade apenas ouvindo a pessoa falar. Ela sempre diz e faz as coisas certas e apresenta uma doutrina correta após a outra. Depois de alguns dias de interação com ela, você pode pensar que se trata de uma pessoa muito boa, capaz de renunciar às coisas e de se despender, que tem entendimento espiritual, tem um coração que ama a Deus e tem consciência e razão na maneira como age. Mas depois de ela lidar com algumas questões, você percebe que as palavras e as ações dela estão misturadas com muitas coisas, muitas intenções diabólicas. Você percebe que ela não é uma pessoa honesta, mas enganosa — é uma coisa perversa. Para interagir com as pessoas, ela costuma usar as palavras certas e frases agradáveis que estão de acordo com a verdade e possuem afeição humana. Por um lado, ela se estabelece e, por outro, desorienta os outros para obter prestígio e status. Esses indivíduos são incrivelmente desorientadores e, quando conquistam poder e status, são capazes de desorientar e prejudicar muitas pessoas. Pessoas com caracteres perversos são extremamente perigosas. Há pessoas assim ao redor de vocês? Vocês mesmos são assim? (Sim.) Então, qual é a gravidade disso? Falar e agir sem quaisquer verdades princípios, com base apenas em sua natureza perversa para agir, sempre querendo desorientar os outros e viver por trás de uma máscara, de modo que não possam ver ou reconhecer você e considerem sua humanidade e status com estima e admiração — isso é perversidade” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item cinco: Eles desorientam, atraem, ameaçam e controlam as pessoas”). Deus expõe que as pessoas de caráter perverso falam e agem de forma extremamente dissimulada. Elas parecem dizer as coisas certas, e suas ações parecem impecáveis, mas, por trás de tudo isso, elas escondem intenções perversas e vivem focadas em sua reputação e seu status. Para ganhar a admiração dos outros, elas usam palavras lisonjeiras e ações corretas para enganá-los, estabelecendo uma boa imagem de si mesmas na mente das pessoas, enquanto impedem que os outros descubram suas intenções maliciosas. Isso é realmente perverso! Após uma reflexão cuidadosa, será que eu não estava me comportando exatamente assim? Eu claramente não estava buscando a verdade para resolver meus problemas, mas me comportava como se fosse muito humilde e tivesse um grande desejo de buscar, meu objetivo com isso não era apenas encobrir meus problemas, mas também estabelecer uma boa imagem de mim mesmo como alguém que buscava a verdade na mente dos outros. Eu sabia que o trabalho de cultivar pessoas não estava produzindo nenhum resultado, que os regadores não haviam feito muito progresso, e que isso estava claro para todos verem. Se eu não resumisse e refletisse sobre meus problemas, o que todos pensariam de mim? Será que diriam que eu não refletia sobre mim mesmo quando não tinha obtido nenhum resultado em meu dever? Será que pensariam que eu não buscava a verdade e que estava totalmente entorpecido? Nesse caso, eu poderia muito bem tomar a iniciativa de falar. Dessa forma, eles não teriam uma impressão negativa de mim pelo fato de o trabalho não ter dado resultado e talvez até me vissem como uma pessoa honesta. Minhas palavras estavam repletas dos meus próprios motivos calculistas. Eu havia tentado usar minha busca ostensiva da verdade para estabelecer uma boa imagem de mim mesmo no coração dos líderes. Vi que minha natureza era realmente perversa. Exatamente como Deus disse: “Algumas pessoas costumam dizer as coisas certas, usam desculpas plausíveis e empregam certas doutrinas, ditados ou ações que se conformam à afeição humana para enganar as pessoas. Elas fingem uma coisa enquanto fazem outra, para atingir seu objetivo oculto. Isso é perversidade”. Na realidade, eu não obtive nenhum resultado em meu dever por um período de tempo e, portanto, precisava refletir sobre mim mesmo e buscar a verdade para resolver isso. Isso seria benéfico tanto para o trabalho da igreja quanto para minha própria entrada na vida, mas eu não estava nem preocupado nem ansioso com os obstáculos em meu trabalho. Em vez disso, minha mente estava cheia de pensamentos sobre como evitar perder a reputação, e, até em questões relativas ao trabalho de igreja e à busca da verdade, eu vinha agindo de forma desonesta e enganosa. Isso realmente fazia com que Deus me detestasse.
Mais tarde, sempre que tinha um intervalo no trabalho, eu refletia sobre meu estado. Lembrei-me de que Deus havia comunicado que, ao se conduzir, a pessoa deve aceitar Seu escrutínio em todas as coisas e que todas as ações e atos devem ser apresentados a Deus. Então, apressei-me em procurar Suas palavras a esse respeito. Li as palavras de Deus: “Ser um crente em Deus significa que tudo que você faz precisa ser trazido para diante Dele e ser submetido ao Seu escrutínio. […] Hoje, todos aqueles que não podem aceitar o escrutínio de Deus não podem receber Sua aprovação, e aqueles que não conhecem o Deus encarnado não podem ser aperfeiçoados. Olhe tudo que você faz e veja se pode ser trazido para diante de Deus. Se você não pode trazer tudo que faz para diante de Deus, isso mostra que você é um malfeitor. Os malfeitores podem ser aperfeiçoados? Tudo que você faz, cada ação, cada intenção e cada reação devem ser trazidos para diante de Deus. Até sua vida espiritual diária — suas orações, sua proximidade com Deus, seu comer e beber das palavras de Deus, a comunhão com seus irmãos e irmãs e sua vida dentro da igreja — e seu serviço em cooperação podem ser trazidos diante de Deus para Seu escrutínio. É tal prática que ajudará você a alcançar crescimento na vida. O processo de aceitar o escrutínio de Deus é o processo de purificação. Quanto mais puder aceitar o escrutínio de Deus, mais você será purificado e mais estará de acordo com as intenções de Deus, de modo que você não será atraído à devassidão e seu coração viverá na Sua presença. Quanto mais você aceitar Seu escrutínio, maior será a humilhação de Satanás e sua capacidade de se rebelar contra a carne. Assim, aceitar o escrutínio de Deus é uma senda de prática que as pessoas deveriam seguir. Seja lá o que você faça, mesmo quando em comunhão com seus irmãos e irmãs, você pode trazer seus atos para diante de Deus e buscar o Seu escrutínio e buscar se submeter ao Próprio Deus; isso tornará muito mais correto o que você pratica. Só se trouxer para diante de Deus tudo que faz e aceitar o escrutínio de Deus, você poderá ser alguém que vive na presença de Deus” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Deus aperfeiçoa aqueles que se conformam com Sua vontade”). Ao ler as palavras de Deus, entendi que, se uma pessoa aceitar Seu escrutínio em todas as coisas, não tiver dissimulação ou falsidade em seus atos e ações, e puder apresentar isso diante de Deus, então essa pessoa vive na luz e é verdadeiramente honesta, e tais pessoas podem receber a aprovação de Deus. Porém, se uma pessoa não consegue aceitar o escrutínio de Deus e, em vez disso, vive se envolvendo em enganos e trapaças, então essa pessoa é realmente perversa e detestável para Deus. Também encontrei uma senda de prática nas palavras de Deus. O trabalho de cultivar as pessoas já não dava resultados havia muito tempo, e isso já tinha afetado o progresso do trabalho de rega. Se eu continuasse a enganar e ocultar as coisas, esses problemas não seriam resolvidos, os regadores não fariam nenhum progresso em seus deveres, e eles não seriam capazes de regar bem os recém-chegados e permitir que estabelecessem rapidamente um alicerce no verdadeiro caminho, o que levaria a perdas ainda maiores no trabalho de rega. Os líderes estavam examinando os problemas e desvios em meu trabalho para me ajudar a desempenhar bem meu dever. A despeito dos problemas que eles apontassem, eu não deveria considerar meu orgulho nem meu status, tinha que aceitar o escrutínio de Deus e ser uma pessoa honesta. Eu tinha que refletir seriamente sobre mim mesmo em relação aos problemas em meu trabalho, corrigir rapidamente meus desvios e desempenhar bem meu dever.
Alguns dias depois, recebi uma carta da líder e ainda estava um pouco nervoso, já que tinha receio de que ela pudesse ter descoberto problemas sérios em meu dever e que fosse me podar. Em silêncio, orei a Deus e disse que, independentemente dos problemas que a líder apontasse, eu não consideraria mais meu próprio orgulho, não seria mais resistente nem me esconderia, e que tinha de aceitar e refletir adequadamente sobre mim mesmo. Quando abri a carta, vi que a líder de fato apontava problemas em meu dever, mas não me podava. Em vez disso, ela se baseava em sua própria experiência para me orientar a refletir sobre os motivos dos maus resultados em meu dever. Depois de ler a comunhão da líder, ganhei alguma compreensão sobre meu estado e meus problemas recentes. Vi que eu estivera vivendo em um caráter corrupto o tempo todo e que, quando confrontado com resultados ruins em meu trabalho, não refletia sobre mim mesmo e continuava inventando desculpas. Eu achava que tinha me mantido ocupado todos os dias, comunicando soluções com os irmãos, e que já tinha feito meu melhor. Assim, eu acreditava que a falta de progresso deles não era problema meu, mas sim do calibre ruim deles. O trabalho não vinha produzindo bons resultados, mas, em vez de refletir sobre meus próprios problemas, eu continuava me esquivando da responsabilidade. Eu tinha sido realmente rebelde e intransigente! Além disso, refletir me fez perceber que meu trabalho de cultivar pessoas durante esse período realmente continha desvios. Eu ficava satisfeito desde que tivesse tarefas para fazer e não ficasse ocioso todos os dias, mas nunca fui sério na busca de como desempenhar meu dever de forma a produzir resultados. Ao cultivar os regadores, não resumi nem me comuniquei com base em seus problemas reais e, em vez disso, apenas segui uma abordagem mecânica e impensada de aprendizado. A consequência foi que, mesmo após meses de cultivo, não houve resultados. Ao ver tantos problemas e desvios em meu trabalho, eu sabia que precisava corrigi-los logo. Quando refleti sobre como fingi buscar a verdade, fiquei verdadeiramente envergonhado e constrangido! Se eu realmente tivesse um coração que aceitasse e buscasse a verdade, esses problemas poderiam ter sido descobertos e resolvidos mais cedo, o que poderia ter beneficiado os irmãos e o trabalho de igreja. Daqui para a frente, estou disposto a deixar de lado a vaidade e o orgulho, a buscar mais a verdade em todas as questões e a desempenhar meu dever de maneira fundamentada! Graças a Deus!