75. É uma abordagem correta ser fiel ao que lhe foi confiado por outras pessoas?

Por Yin An, China

Meu avô era uma pessoa de grande prestígio em nosso vilarejo e sempre ficava feliz em ajudar os outros. Quando eu era jovem, ele e minha avó se mudaram para a cidade, mas, sempre que alguém do vilarejo precisava de algo, ele deixava de lado seus negócios e voltava lá para ajudar. Todos diziam que meu avô era um homem bom e o respeitavam muito, e sempre que seu nome era mencionado, as pessoas demonstravam aprovação. Eu tinha orgulho por ter um avô assim. Depois que faleceu, eu sempre ouvia as pessoas falarem dele, dizendo que era um homem de boa fama moral e reputação. Quando ouvia isso, achava que a conduta de meu avô era boa e confiável e que, mesmo após a morte, ele tinha uma boa reputação. Mais tarde, sempre que alguém me pedia ajuda, eu ajudava ativamente, achando que ajudar os outros dessa forma era bom e fazia de mim uma pessoa boa.

Depois de encontrar Deus, passei a fazer vídeos na igreja. Como tinha algum conhecimento em tecnologia informática, os irmãos me procuravam para pedir ajuda com seus problemas de computador. Eu achava que ajudar os irmãos a resolvê-los era fazer uma boa ação. Além disso, quando os irmãos pediam minha ajuda, isso significava que eles confiavam em mim, e eu me perguntava: “Se eu não ajudar, o que todos pensarão de mim? Será que acharão que sou muito egoísta e que careço de humanidade?”. Assim, desde que conseguisse resolver um problema, eu não recusava ninguém. Às vezes, quando não conseguia resolvê-lo, eu quebrava a cabeça para procurar informações e depois tentava encontrar uma solução. Mas mesmo que isso tomasse muito de meu tempo e atrasasse meu trabalho principal, ainda assim eu priorizava ajudar os irmãos com seus problemas de computador. Achava que, já que tinha aceitado o pedido deles, eu precisava fazer um bom trabalho. Afinal, se não o fizesse bem, não perderia meu prestígio? Se isso acontecesse, quem confiaria em mim no futuro? Aos poucos, fui sendo elogiada pelos irmãos, e todos achavam que eu tinha boa humanidade e estava disposta a ajudar os outros. Assim, achei que o preço que estava pagando valia a pena.

Mais tarde, devido às exigências do trabalho, comecei a estudar um novo tipo de tecnologia. O líder me instruiu especificamente: “Você precisa aprender a usar isso rapidamente e depois ensinar a todos os outros. Caso contrário, isso atrasará o uso da tecnologia pelos irmãos e afetará a eficiência do trabalho”. Enquanto me concentrava em estudar a nova tecnologia, o computador da irmã Xiaoxue de repente exibiu a tela azul da morte e não iniciava, e ela me pediu ajuda para identificar o problema. Quando examinei o código da tela azul, descobri que era algo que eu nunca tinha visto antes e que não sabia resolvê-lo, então pedi que o enviasse para ser consertado. Mas ela temia que o conserto demorasse demais e insistiu que eu a ajudasse a arrumá-lo, dizendo: “Vou deixar o computador com você; tenho certeza de que você conseguirá consertá-lo”. Vi o quanto ela confiava em mim e pensei: “Se eu recusar novamente, o que ela pensará de mim?”. Eu não consegui recusar, então concordei. Nos dois dias seguintes, fiquei em casa procurando informações on-line, quebrando a cabeça para descobrir como consertar o computador. Tentei vários métodos e finalmente consegui. A irmã ficou muito feliz ao ver o computador consertado, e eu estava encantada, achando que o trabalho árduo desses dois dias finalmente havia valido a pena, mas também fiquei um pouco melancólica e pensei: “Ajudei outras pessoas a resolverem seus problemas, mas não consegui dominar a tecnologia que precisava estudar. Mas quem pediu que eu fizesse essas promessas aos outros? Vou pagar um preço um pouco mais alto e ficar acordada até tarde para estudar”. Depois disso, sempre que os irmãos tinham problemas com seu computador, eles me chamavam para resolvê-los, e eu tinha vergonha demais para recusar. Eu gastava muito tempo com isso, o que atrasava meu trabalho principal. Pensei em sugerir aos irmãos que, se tivessem problemas com seu equipamento, deveriam primeiro enviá-lo para que fosse consertado em outro lugar e que eu voltaria a cuidar dessas coisas depois que passasse por esse período atarefado. Mas quando os irmãos voltaram a pedir minha ajuda, involuntariamente, acabei ajudando. Embora meus dias estivessem muito corridos, quando ouvia os elogios de todos, eu achava que o esforço havia valido a pena. Como estava ocupada ajudando outras pessoas a consertar seus computadores todos os dias, meus planos de estudo foram suspensos. O supervisor me perguntou como estava indo meu aprendizado e se comunicou comigo, pedindo que eu aprendesse mais sobre a tecnologia e a ensinasse aos irmãos o mais rápido possível. Eu sabia que esse trabalho era urgente e que não aprendê-lo afetaria a eficácia e o progresso do trabalho de vídeos. Mas então pensei: “Se eu me recusar a ajudar quando os irmãos pedirem, eles pensarão que sou egoísta e que não tenho amor?”. Durante esse tempo, eu me esforçava para aprender habilidades técnicas e, ao mesmo tempo, ajudava os irmãos a resolver problemas de computador, e eu sentia que meus dias eram curtos demais e estava muito cansada, mas eu não sabia como praticar.

Mais tarde, quando li as palavras de Deus, percebi os pontos de vista incorretos sobre o que buscar dentro de mim. Deus Todo-Poderoso diz: “A partir do momento em que as pessoas começam a falar, elas aprendem das pessoas, dos descrentes, de Satanás e do mundo todos os tipos de ditados. Isso começa com a educação inicial, quando as pessoas são ensinadas por seus pais e familiares como se comportar, o que dizer, que ética devem ter, que tipo de pensamentos e caráter devem ter etc. Mesmo após entrarem na sociedade, os indivíduos ainda aceitam inconscientemente a doutrinação de várias doutrinas e teorias de Satanás. ‘Faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram’ é instilado em cada pessoa pela família ou sociedade como uma das condutas morais que as pessoas devem ter. Se você tem essa conduta moral, as pessoas dizem que você é nobre, honrável, que você tem integridade e que é estimado e altamente respeitado pela sociedade. Já que a frase ‘faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram’ vem de pessoas e de Satanás, ela se torna o objeto que dissecamos e discernimos e, ainda mais, o objeto que abandonamos. Por que discernimos e abandonamos essa frase? Examinemos primeiro se essa frase é correta e se uma pessoa que a segue está correta. É realmente nobre ser uma pessoa que tem o caráter moral de ‘fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram’? Tal pessoa possui a verdade realidade? Ela tem a humanidade e os princípios de conduta que Deus disse que os seres criados deveriam ter? Todos vocês entendem a frase ‘faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram’? Primeiro expliquem em palavras próprias o que essa frase significa. (Significa que, quando alguém lhe confiar uma tarefa, você não deveria poupar esforços para completá-la.) Não deveria ser assim? Se alguém lhe confiar uma tarefa, ele não o tem em alta estima? Ele o tem em alta estima, acredita em você e acredita que você é confiável. Assim, não importa o que as pessoas peçam para você fazer, você deveria concordar e fazê-lo bem e completamente de acordo com as exigências delas, para que elas fiquem felizes e satisfeitas. Ao fazê-lo, você é uma pessoa boa. A implicação é que, se a pessoa que lhe confiou uma tarefa está satisfeita, isso determina se você é considerado uma pessoa boa. Isso pode ser explicado dessa forma? (Sim.) Portanto, não é fácil ser visto como uma pessoa boa aos olhos dos outros e ser reconhecido pela sociedade? (Sim.) O que significa que é ‘fácil’? Significa que o padrão é muito baixo e nem um pouco nobre. Se você satisfizer o padrão moral de ‘faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram’, você será considerado uma pessoa com conduta moral em tais questões. Implicitamente, significa que você merece a confiança das pessoas, sua confiança de lidar com tarefas, que você é uma pessoa respeitável e que você é uma pessoa boa(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “O que significa buscar a verdade (14)”). Ao refletir sobre as palavras de Deus, entendi que eu não estava me conduzindo nem agindo de acordo com elas, mas sim de acordo com as ideias tradicionais instiladas por Satanás, como “faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”. Embora meus pais não tenham incutido explicitamente essa ideia em mim, observei desde pequena como meu avô lidava com muito cuidado com os assuntos confiados a ele por outras pessoas e que, por mais difíceis ou demorados que fossem, ele os resolvia, ganhando, assim, o respeito das pessoas ao seu redor e até mesmo sendo lembrado com carinho após sua morte. Eu achava que essa era a maneira correta de se conduzir, que eu poderia conquistar a admiração das pessoas dessa forma e ser uma pessoa digna e íntegra. Subconscientemente, por meio da exposição constante a essa ideia, comecei a tentar me tornar uma pessoa assim. Quando os irmãos descobriram que eu tinha alguma habilidade em consertar computadores, eles me procuravam para pedir ajuda sempre que tinham algum problema. Eu nunca recusava ninguém e, como resultado, recebia algumas avaliações positivas. Isso fez com que eu achasse ainda mais que essa era a maneira correta de me conduzir. Quando os irmãos voltavam a me procurar com seus problemas, mesmo que eu não tivesse concluído meus próprios deveres, eu os ajudava. Eu achava que eles estavam pedindo minha ajuda porque confiavam em mim e que, se não consertasse seus computadores, será que eu não os decepcionaria? Para garantir que os irmãos falassem bem de mim e que eu fosse alguém que, aos olhos deles, era amoroso e tivesse boa humanidade, eu atendia aos pedidos de todos, por mais difíceis que fossem, preferindo perder um pouco de descanso ou até mesmo atrasar meu trabalho principal, apenas para concluir as tarefas que os outros haviam me confiado. Eu estava vivendo de acordo com a suposta virtude de “faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”, fazendo coisas sem princípios e deixando de priorizar as tarefas. Eu só buscava ser vista pelos outros como uma pessoa confiável e boa, o que fez com que eu não aprendesse as habilidades de produção de vídeos que deveria ter aprendido e atrasasse meu trabalho principal. Vi que meu pensamento e meus pontos de vista haviam sido corrompidos e distorcidos por Satanás, e eu nem sabia o que era uma pessoa verdadeiramente boa.

Mais tarde, li mais das palavras de Deus e entendi quais responsabilidades e obrigações um ser criado deveria cumprir. Deus diz: “Existe outro aspecto na afirmação moral de ‘faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram’ que precisa ser discernido. Se a tarefa que lhe foi confiada não consome seu tempo e sua energia demais e está ao alcance de seu calibre ou se você tem o ambiente e as condições certos, então, por causa da razão e da consciência humanas, você pode fazer algumas coisas pelos outros da melhor forma possível e satisfazer suas exigências sensatas e apropriadas. No entanto, se a tarefa que lhe foi confiada consumir uma quantidade significativa de seu tempo e de sua energia e ocupar tempo demais, a ponto de fazer você sacrificar sua vida, e suas responsabilidades e obrigações nesta vida e seus deveres como um ser criado serem reduzidos a nada e serem substituídos, o que você fará? Você deveria recusar, pois não é sua responsabilidade nem sua obrigação. No que diz respeito às responsabilidades e obrigações da vida de uma pessoa, além de cuidar dos pais e de criar os filhos e de cumprir as responsabilidades sociais na sociedade e sob o sistema da lei, a coisa mais importante é que a energia, o tempo e a vida de uma pessoa deveriam ser gastos em desempenhar o dever de um ser criado e não em ser encarregada de uma tarefa por qualquer outra pessoa, ocupando seu tempo e sua energia. Isso é porque Deus cria uma pessoa, concede-lhe vida e a traz para este mundo, e não é para que ela faça coisas e cumpra responsabilidades para os outros. O que as pessoas mais deveriam aceitar é o que Deus lhes confia. Só o encargo de Deus é encargo genuíno, e aceitar o encargo do homem é não tratar de seus deveres apropriados(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “O que significa buscar a verdade (14)”). Pelas palavras de Deus, entendi que ajudar os irmãos não é errado e que esse é o amor que uma pessoa com humanidade normal deveria ter. No entanto, gastar tempo e energia para ajudar os outros sem princípios, sem considerar o trabalho da igreja e atrasando meus deveres, esse tipo de ajuda é inadequado, e eu deveria me recusar a me envolver nisso. Deus ordenou meu nascimento nos últimos dias, e tenho minha própria missão e deveres a cumprir. Se adiar meus deveres para concluir tarefas que me foram confiadas por outros, estarei negligenciando meu devido trabalho. Considerando que a liderança arranjou para que eu estudasse uma nova tecnologia, eu deveria tê-la aprendido o mais rápido possível, o que teria melhorado a eficiência da produção de vídeos para todos. Entretanto, quando outras pessoas tiveram problemas com o equipamento e me pediram ajuda, mesmo sabendo que o conserto do equipamento consumiria muito tempo e energia e atrasaria meu trabalho principal, ainda assim deixei de lado meu próprio trabalho para ajudá-los, apenas para que tivessem uma boa impressão de mim, o que atrasou minha pesquisa sobre a tecnologia de produção de vídeos. Percebi que minha abordagem carecia de princípios, que eu não sabia quais tarefas devia recusar e em quais devia ajudar e estava seguindo cegamente a filosofia de Satanás. Como resultado, passava meus dias me ocupando e me exaurindo, sacrificando até mesmo o tempo para devocionais e para comer e beber as palavras de Deus, e meu trabalho principal também se atrasou. Agora entendo que sempre devo priorizar meus próprios deveres. É isso que Deus exige de mim. Se eu adiar meus deveres para ganhar a admiração dos outros ou para concluir tarefas que me foram confiadas por eles, isso é negligenciar meu devido trabalho e não está de acordo com a intenção de Deus.

Mais tarde, li mais da palavra de Deus e ganhei algum discernimento sobre a virtude de “fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”. Deus diz: “Nesta sociedade humana, cada indivíduo tem uma mentalidade transacional, e todos se engajam em transações. Todos fazem exigências aos outros, e todos eles querem lucrar à custa de outras pessoas sem sofrer nenhuma perda pessoalmente. Algumas pessoas dizem: ‘Entre aqueles que “fazem o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram” há também muitos que não buscam lucrar à custa de outras pessoas. Eles simplesmente procuram fazer o melhor para lidar bem com as coisas, essas pessoas realmente possuem essa conduta moral’. Essa afirmação é incorreta. Mesmo que não busquem riqueza, bens materiais nem qualquer tipo de benefício, elas buscam renome. O que é esse ‘renome’? Significa: ‘Eu aceitei a confiança das pessoas para lidar com suas tarefas. Não importa se a pessoa que me encarregou esteja presente ou não, contanto que eu faça o melhor para lidar bem com isso, eu terei uma boa reputação. Pelo menos, algumas pessoas saberão que eu sou uma pessoa boa, uma pessoa de alto caráter moral e que merece ser imitada. Posso ocupar um lugar entre as pessoas e deixar uma boa reputação num grupo de pessoas. Isso também vale a pena!’. Outras pessoas dizem: ‘“Faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”, e já que as pessoas nos encarregaram, estejam elas presentes ou não, nós deveríamos lidar bem com suas tarefas e fazer isso até o fim. Mesmo que não consigamos deixar um legado duradouro, pelo menos, elas não podem nos criticar pelas nossas costas dizendo que não temos credibilidade. Não podemos permitir que gerações futuras sejam discriminadas e sofram esse tipo de injustiça total’. O que elas estão buscando? Ainda estão buscando renome. Algumas pessoas dão muita importância a riqueza e bens, enquanto outras valorizam o renome. O que significa ‘renome’? Quais são as expressões específicas de ‘renome’ entre as pessoas? É ser chamado uma pessoa boa, de alto caráter moral, um paradigma, uma pessoa virtuosa ou um santo. Existem até algumas pessoas que, por causa de uma única questão em que foram bem-sucedidas ao ‘fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram’ e por terem esse tipo de caráter moral, são eternamente elogiadas, e seus descendentes se beneficiam com seu renome. Como vê, isso é muito mais valioso do que os pequenos benefícios que elas podem obter atualmente. Portanto, o ponto de partida para qualquer um que obedece a esse suposto padrão moral de ‘fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram’ não é tão simples assim. Ele não está só buscando cumprir suas obrigações e responsabilidades como indivíduo, ao contrário, ele obedece ao padrão ou por ganho pessoal ou por reputação, seja para esta vida, seja para a próxima vida. É claro, também existem aqueles que desejam evitar ser criticados pelas costas e evitar infâmia. Em suma, o ponto de partida para as pessoas fazerem esse tipo de coisa não é simples, na verdade, não é um ponto de partida a partir da perspectiva de humanidade nem é um ponto de partida a partir da responsabilidade social da humanidade. Analisando isso a partir da intenção e do ponto de partida das pessoas fazerem tais coisas, as pessoas que se agarram à frase ‘faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram’ de forma alguma têm um propósito descomplicado(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “O que significa buscar a verdade (14)”). Pelas palavras de Deus, percebi que as pessoas vivem de acordo com a ideia tradicional de “fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”, mas, pelas costas, elas escondem suas intenções pessoais. Por exemplo, quando ajudava os irmãos consertando seus computadores, embora eu não esperasse obter nenhum benefício material deles, eu queria receber boas avaliações deles e ter uma boa imagem em seu coração. Portanto, estava disposta a sacrificar meu tempo e energia para concluir as tarefas que eles me confiavam, para que me vissem como confiável e digna de confiança. Pensei em meu avô. Ele viveu sua vida com base na virtude de “fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”. Ele temia que, depois de se mudar para a cidade, ele fosse criticado pelos outros por desprezar os moradores do vilarejo, e assim, não importava que problemas os aldeões tivessem, ele sempre dava o melhor de si para ajudá-los. Isso lhe rendeu uma boa reputação, e todos o viam como uma pessoa benevolente e boa. Fui profundamente influenciada por meu avô, e também vivi de acordo com a ideia tradicional de “fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”. Quando as pessoas que eu conhecia enfrentavam dificuldades, desde que me procurassem, eu faria de tudo para ajudá-las, por medo de que falassem mal de mim. Quando os irmãos tinham problemas com seu computador e pediam minha ajuda, eu não considerava meus próprios deveres nem a urgência relativa das tarefas e, para não perder a confiança deles, deixava de lado meus próprios deveres e os ajudava de uma forma que carecia de princípios, o que causou atrasos no trabalho da igreja. Agora eu entendia que ser capaz de “fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram” não significa ser uma pessoa com humanidade verdadeira ou caráter nobre. É apenas um meio de conquistar o favor das pessoas, usar a ajuda aos outros como uma forma de ganhar elogios e manter uma boa reputação. Minha busca por isso era realmente desorientadora e hipócrita! Eu não podia mais viver de acordo com essa ideia tradicional. Tinha que agir e me conduzir de acordo com as palavras de Deus. É preciso ser leal a Deus e aos próprios deveres. Cumprir os deveres de um ser criado é minha missão e responsabilidade. Mais tarde, quando me deparei com situações semelhantes, pratiquei conscientemente de acordo com as palavras de Deus.

Certa vez, uma irmã comprou um computador novo e queria que eu a ajudasse a reinstalar o sistema. Quando vi que o computador era o modelo mais recente e que eu não o havia instalado antes e que faltavam alguns drivers, percebi que concordar em ajudar significaria gastar tempo e esforço procurando informações. Senti-me dividida e pensei: “Se eu me recusar a ajudar a irmã, será que ela pensará que não estou disposta a ajudá-la e perderá a boa impressão que tem de mim?”. Mas então pensei que tinha um trabalho urgente a fazer, que demandava tempo e esforço de pesquisa, e que ajudar a irmã a configurar o computador atrasaria meu trabalho. Nesse momento, percebi que estava mais uma vez considerando a opinião dos outros sobre mim. Então, orei a Deus, não querendo atrasar o trabalho por causa de ganho e fama. Depois disso, li mais das palavras de Deus: “Se alguém lhe confiar uma tarefa, o que você deveria fazer? Se a tarefa que lhe foi confiada é algo que só exige um esforço muito pequeno, que simplesmente exige que você fale ou execute uma ação pequena e tenha o calibre necessário, você pode ajudar por causa de sua humanidade e compaixão; isso não é considerado errado. Isso é um princípio. No entanto, se a tarefa que lhe foi confiada consumir uma quantidade significativa de seu tempo e energia ou até desperdiçar uma porção considerável de seu tempo, você tem o direito de recusar. Mesmo que sejam seus pais, você tem o direito de recusar. Não há necessidade de ser fiel a eles nem de aceitar seu encargo, esse é seu direito. De onde vem esse direito? Ele lhe é concedido por Deus. Esse é o segundo princípio. O terceiro princípio é que, se alguém lhe confiar alguma tarefa, mesmo que ela não consuma uma quantidade significativa de tempo e energia, mas consiga perturbar ou afetar o cumprimento de seu dever ou destruir sua vontade de cumprir seu dever e sua fidelidade a Deus, você também deveria recusá-la. Se alguém o encarregar de algo que possa afetar sua busca da verdade, interromper ou perturbar sua vontade de buscar a verdade e seu ritmo na busca da verdade e fazer com que você desista no meio do caminho, então você deveria recusá-lo ainda mais. Você deveria recusar qualquer coisa que afete o cumprimento de seu dever ou sua busca da verdade. Esse é seu direito; você tem o direito de dizer ‘não’. Não existe necessidade de você investir seu tempo e energia. Você pode recusar todas as coisas que não contiverem significado, nem valor, nem edificação, nem ajuda e não beneficiarem o cumprimento de seu dever, sua busca da verdade nem sua salvação. Isso pode ser considerado um princípio? Sim, isso é um princípio(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “O que significa buscar a verdade (14)”). Deus comunicou três princípios para lidarmos com as tarefas que nos foram confiadas por outras pessoas, o que me forneceu uma senda de prática. Se o problema do computador da irmã não fosse complexo e fosse uma tarefa simples, eu poderia ajudá-la, pois esse é o amor que deve existir entre os irmãos. Mas se o problema dela não pudesse ser resolvido rapidamente e exigisse que eu deixasse de lado meus deveres e gastasse tempo e esforço para resolvê-lo, então deveria pesar os prós e contras e considerar primeiro meus próprios deveres, e se isso atrasasse meu progresso no trabalho, eu não poderia concordar em ajudar. Não podia continuar como antes, aceitando todos os pedidos, independentemente de sua importância, apenas para receber elogios das pessoas e sem considerar minhas próprias responsabilidades e obrigações. Isso atrasaria o trabalho da igreja. Ser leal à comissão de Deus e cumprir meus próprios deveres é o mais importante. A julgar pelas palavras de Deus, ajudar a irmã a resetar seu computador consumiria meu tempo e energia e atrasaria meus deveres; além disso, a irmã não precisava que isso fosse feito com urgência, então recusei e disse que ajudaria a configurar seu computador quando tivesse tempo. Quando pratiquei de acordo com as palavras de Deus, sem considerar meus próprios interesses ou proteger minha imagem aos olhos dos outros, senti-me liberada, à vontade e magnânima.

Por meio dessa experiência, percebi que buscar a verdade e praticar de acordo com os princípios em tudo é o caminho a seguir. Devo aceitar meus deveres sem me esquivar deles e me esforçar ao máximo para desempenhá-los, pois essa é minha responsabilidade e obrigação. Entretanto, no caso de tarefas que me foram confiadas por outras pessoas, devo avaliar se elas estão alinhadas com os princípios e se atrasarão meus deveres. Não devo adulterar meus interesses e viver de acordo com as filosofias de Satanás. Isso está de acordo com estas palavras de Deus: “Ver as pessoas e as coisas, comportar-se e agir inteiramente de acordo com as palavras de Deus, tendo a verdade como critério(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “O que significa buscar a verdade (2)”).

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