43. Eu não conto mais com meus filhos para cuidar de mim na velhice
Em 2001, eu aceitei a obra de Deus Todo-Poderoso dos últimos dias. Em 2020, fui diagnosticada com AVC isquêmico e uma doença cardíaca. Naquela época, eu precisava urgentemente de dinheiro para o tratamento médico e, por coincidência, meu filho me mandou 5.000 yuans. Na ocasião, pensei: “Meu filho é a pessoa com quem sempre posso contar. Quando eu ficar velha, é dele que vou depender”. Em 2022, meu filho se casou e comprou uma casa e um carro por conta própria. Mais tarde, minha nora gastou mais de mil yuans em um anel de ouro para mim, e me disse: “Não vamos pedir nada de você… mas, quando tivermos filhos, seria ótimo se você pudesse ajudar a cuidar deles”. Quando vi como meu filho e minha nora eram bons para mim, pensei: “Ele é meu único filho homem. Tenho que me dar bem com ele e com a minha nora, pois, quando eu ficar velha, terei que contar com eles para cuidar de mim. Nos últimos anos, minha saúde não anda boa e tem piorado a cada ano. Se eu os ajudar a cuidar dos meus netos enquanto ainda consigo, eles vão cuidar de mim quando eu envelhecer”. Depois de pensar nisso, concordei: “Certo. Quando vocês tiverem filhos, vou cuidar deles para vocês”. Mais tarde, por causa dos riscos à minha segurança, saí de casa para desempenhar meus deveres em outra área, a fim de evitar ser presa pelo Partido Comunista Chinês.
Um dia, em abril de 2024, soube que minha nora estava grávida, e minha família me pediu para voltar e cuidar dela. Voltei às pressas, no entanto, assim que cheguei em casa, os funcionários do vilarejo vieram verificar meu registro de residência. Pensando no fato de que o PC Chinês tem minha foto e tem me procurado todos esses anos, não ousei ficar em casa e saí rapidamente. Mas, depois que voltei, fiquei muito triste e pensei: “Meu filho trabalha em outra cidade e não tem tempo para cuidar da minha nora. Se eu, como sogra, não cuidar dela, o que sua família vai pensar de mim? Eu nem sei como minha nora está…”. Depois de pensar nisso, passei a me sentir sempre em dívida com meu filho. Por causa da angústia em meu coração, meu AVC também piorou. Fiquei ainda mais preocupada, pensando: “Estou ficando cada vez mais velha, e minha saúde está cada vez pior. Se um dia eu realmente não puder desempenhar meu dever, não vou precisar que meu filho e minha nora cuidem de mim? Não cuidei da minha nora quando ela mais precisou de mim. Se um dia eu não puder mais desempenhar meu dever e tiver que voltar para eles, será que eles ainda vão me aceitar e cuidar de mim na velhice?”. Sempre que eu pensava nisso, meu estado piorava. Os dias se passaram, e logo chegou a hora de a criança nascer. Mas eu ainda não podia voltar para cuidar da minha nora, e não pude deixar de suspirar. Naquela época, meu dever era regar os recém-chegados. Embora eu desempenhasse esse dever todos os dias, meu coração estava sempre perturbado com esse assunto, e eu não acompanhava o trabalho nem resolvia os problemas dos recém-chegados em tempo hábil. Como resultado, os problemas de alguns recém-chegados não eram resolvidos prontamente, e eles viviam negativos e fracos. Quando vi que não tinha cumprido bem meus deveres, não pensei em como resolver e reverter a situação. Em vez disso, até pensei: “Se não houver resultados, paciência. Se eu for dispensada, talvez possa voltar para meu filho e ajudá-lo a cuidar da criança”. Como eu vivia em um estado incorreto, eu desempenhava meu dever sem a liderança do Espírito Santo, o que me deixou negativa e infeliz. Vim diante de Deus para orar: “Querido Deus, o tempo todo tenho vontade de ir para casa cuidar da minha nora e ajudá-la com a criança. Tenho medo de que, se eu não voltar, ninguém vai cuidar de mim quando eu envelhecer. Sei que é errado viver nesse estado, mas não consigo sair dele. Que Tu me esclareças e me guies para que eu entenda a verdade e conheça meus próprios problemas”. Depois de orar, lembrei-me das palavras de Deus: “Por que os filhos são obedientes aos pais? Por que os pais amam tanto seus filhos? Que tipo de intenções as pessoas abrigam de fato? Sua intenção não é satisfazer seus próprios planos e desejos egoístas? Elas realmente pretendem agir em prol do plano de gerenciamento de Deus? Estão realmente agindo em prol da obra de Deus? Sua intenção é cumprir o dever de um ser criado?” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Deus e o homem entrarão em descanso juntos”). Deus expõe que, entre as pessoas, não existe amor nem cuidado real; todas abrigam suas próprias intenções, buscando ganho pessoal. Eu era exatamente como Deus havia exposto: vivia pensando na gravidez da minha nora, não porque quisesse sinceramente cuidar dela, mas por causa das minhas próprias intenções. Sentia que minha saúde vinha piorando nos últimos anos e que, quando de fato não pudesse mais desempenhar meu dever, ainda teria que voltar para meu filho e contar com ele para cuidar de mim na velhice. Por isso, queria ajudá-los a cuidar do meu neto enquanto eu ainda podia, para que, em troca, ele cuidasse de mim na minha velhice. Mas, quando não pude voltar por causa do meu dever e dos riscos à minha segurança, meu coração se encheu de agonia, e eu não tinha mais nenhum senso de fardo pelo meu dever. Vi que eu só considerava os interesses da minha carne.
Mais tarde, busquei a verdade para resolver meus problemas. Li as palavras de Deus: “Quando as pessoas são incapazes de perceber claramente, entender, aceitar ou submeter-se aos ambientes que Deus orquestra e à Sua soberania, quando as pessoas enfrentam várias dificuldades na vida diária ou quando essas dificuldades excedem o que as pessoas normais conseguem suportar, elas inconscientemente sentem todo tipo de preocupação, ansiedade e até angústia. Elas não sabem como será amanhã, ou depois de amanhã, ou como será seu futuro, e por isso sentem-se angustiadas, ansiosas e preocupadas com toda espécie de coisas. Qual é o contexto que faz surgir essas emoções negativas? É que elas não acreditam na soberania de Deus — isto é, são incapazes de perceber bem e acreditar na soberania de Deus e não têm fé genuína em Deus no coração. Mesmo que vissem os fatos da soberania de Deus com os próprios olhos, não a entenderiam nem acreditariam nela. Elas não acreditam que Deus detém a soberania sobre seu destino, não acreditam que sua vida está nas mãos de Deus, e assim surge em seu coração a desconfiança em relação à soberania e aos arranjos de Deus, e então surgem reclamações, e elas são incapazes de submeter-se” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “Como buscar a verdade (3)”). O que Deus expôs era exatamente o meu estado. Quando comecei a crer em Deus e estava saudável, eu conseguia me concentrar em meus deveres, mas, à medida que fui envelhecendo, comecei a ter cada vez mais problemas de saúde. Tive um AVC isquêmico, e meu coração não estava bem. Sem perceber, comecei a viver angustiada e ansiosa, preocupada com o que faria se minha saúde piorasse ainda mais. Quando meu filho e minha nora precisaram de mim, não voltei para cuidar deles, então será que eles ainda cuidariam de mim quando eu envelhecesse e precisasse de cuidados? Quando pensei nisso, comecei a mergulhar num estado negativo, perdi meu senso de fardo no dever e até fiquei sem vontade de desempenhar meus deveres longe de casa. Só queria voltar para cuidar da minha nora para poder contar com eles para me sustentarem quando eu envelhecesse. Embora dissesse com frequência que tudo está nas mãos de Deus, quando as coisas aconteciam comigo, eu perdia a fé em Sua soberania e só queria contar com os outros. Vi que eu não tinha fé nenhuma em Deus. Pensando bem agora, de que adiantava me preocupar com essas coisas? Deus já tinha arranjado como seria minha vida futura, e eu só precisava me submeter à Sua soberania e aos Seus arranjos e experienciar as coisas naturalmente.
Li outra passagem das palavras de Deus: “Na verdade, só pelo ato de conceber e criar filhos, você já ganhou muito deles. Quanto à pergunta se seus filhos serão filiais, se você poderá depender deles antes de morrer e o que você pode obter deles, essas coisas dependem de se seu destino é viver juntos e cabe à ordenação de Deus. Por outro lado, o tipo de ambiente em que seus filhos vivem, suas condições de vida, se eles terão condições de cuidar de você, se eles estão financeiramente bem e se eles têm dinheiro sobrando para prover-lhe prazer e ajuda material, isso também depende da ordenação de Deus. Além disso, em termos subjetivos como pai ou mãe, se você tem o destino de desfrutar de coisas materiais, dinheiro ou conforto emocional que seus filhos lhe dão, isso também depende da ordenação de Deus. Não é assim? (Sim.) Essas não são coisas que podem ser garantidas pelos humanos. Veja bem, alguns pais não gostam de seus filhos, e os pais não estão dispostos a viver com eles, mas Deus ordenou que os filhos vivessem com seus pais, de modo que não são capazes de se afastar muito dos pais ou de deixá-los. Estão presos aos pais por toda a vida — mesmo que tentasse, você não conseguiria afastá-los. Alguns filhos, por outro lado, têm pais que estão dispostos a estar com eles; eles são inseparáveis, sempre sentem falta uns dos outros, mas, por várias razões, são incapazes de morar na mesma cidade ou até no mesmo país que seus pais. Mal conseguem ver o rosto uns dos outros e conversar uns com os outros; mesmo que os métodos de comunicação tenham se desenvolvido tanto e as conversas por vídeo sejam uma possibilidade, isso ainda é diferente de viver juntos dia após dia. Por alguma razão, os filhos vão para o exterior, trabalham ou vivem em outro lugar depois que se casam etc., e eles são separados dos pais por uma distância muito grande. Não é fácil encontrar-se nem mesmo uma vez, e falar por telefone ou vídeo depende do tempo. Por causa do fuso horário ou outras inconveniências, eles não conseguem se comunicar com os pais com frequência. Esses aspectos principais estão relacionados a quê? Não estão todos eles relacionados à ordenação de Deus? (Sim.) Isso não é algo que possa ser decidido pelos desejos subjetivos nem dos pais nem do filho; acima de tudo, isso depende da ordenação de Deus” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “Como buscar a verdade (19)”). Com as palavras de Deus, entendi que todos os pais esperam ser cuidados pelos filhos quando envelhecerem. Mas, na verdade, isso não é algo que as pessoas possam buscar por si mesmas, e sim algo determinado pela soberania e ordenação de Deus. Lembrei-me de uma irmã idosa que eu conheci. Depois que os filhos dela formaram suas próprias famílias, ela continuou em seu dever e não tinha tempo para ajudar a cuidar dos netos. Mas, depois que ela completou 60 anos, sua filha tomou a iniciativa de cuidar dela, o que lhe permitiu continuar desempenhando seus deveres da casa da filha. Em outro caso, conheci uma mulher que trabalhava para ajudar a sustentar a família do filho e ainda a cuidar dos netos, mas, no final, foi expulsa pela nora. Também me lembrei de quando, em 2020, eu estava doente e precisava muito de dinheiro. Embora eu não tivesse dito nada ao meu filho, ele acabou me dando 5.000 yuans. Isso tudo não foi resultado da soberania e dos arranjos de Deus? Quando entendi isso, fiquei muito envergonhada. Creio em Deus há tantos anos, mas tenho comido e bebido as palavras de Deus em vão, e assim que adoeci, fui revelada. Eu não confiava em Deus, tentava pensar em saídas por conta própria e vivia querendo correr para o meu filho em busca de apoio. De que maneira eu era uma crente em Deus? Depois de ler as palavras de Deus, entendi que, se Ele predestinou que os filhos de uma pessoa não cuidarão dela na velhice, então, não importa o quanto ela se esforce para manter o relacionamento com eles, tudo será em vão. Se Deus predestinou que os filhos cuidarão de uma pessoa, então Ele arranjará as coisas para ela quando chegar a hora. Se um dia eu não pudesse mais desempenhar meu dever por causa da minha saúde, então eu experienciaria isso me submetendo às Suas orquestrações e aos Seus arranjos. Eu acreditava que, em cada situação, havia lições a serem aprendidas e verdades a serem ganhas. Depois disso, parei de me preocupar por não poder cuidar da minha nora, e consegui aquietar meu coração e desempenhar meu dever.
Mais tarde, li que Deus expõe como Satanás usa a cultura tradicional para corromper as pessoas, e ganhei algum entendimento das visões erradas que eu tinha dentro de mim. Deus Todo-Poderoso diz: “Analisando a cultura chinesa tradicional, é especialmente o povo chinês que ressalta a piedade filial. Desde a antiguidade até o presente, isso sempre foi discutido e ressaltado como parte da humanidade das pessoas e como padrão para avaliar se alguém é bom ou mau. É claro que, na sociedade, existe também uma prática comum e uma opinião pública de que, se os filhos forem desnaturados, seus pais também sentirão vergonha, e os filhos serão incapazes de suportar essa mancha em sua reputação. Sob a influência de vários fatores, os pais também são profundamente envenenados por esse pensamento tradicional e exigem, sem pensar ou discernir, que seus filhos sejam filiais. Qual é o sentido de criar filhos? Não é para seus propósitos, é uma responsabilidade e obrigação que Deus lhe deu. Um aspecto é que criar filhos pertence ao instinto humano, outro é que é parte da responsabilidade humana. Você escolhe dar à luz filhos devido ao instinto e à responsabilidade, não para se preparar para a velhice e receber cuidados quando estiver velho. Esse ponto de vista não é correto? (É sim.) As pessoas sem filhos podem evitar o envelhecimento? Envelhecer significa necessariamente que você será infeliz? Não necessariamente, certo? As pessoas sem filhos ainda conseguem alcançar uma idade avançada, e algumas são até saudáveis, aproveitam seus últimos anos e morrem em paz. É certo que as pessoas que têm filhos podem aproveitar seus últimos anos com saúde e felicidade? (Não necessariamente.) Portanto, a saúde, a felicidade e a situação de vida dos pais que alcançam uma idade avançada, bem como a qualidade de sua vida material, na verdade pouco têm a ver com o fato de seus filhos serem filiais, e não existe nenhuma relação direta entre os dois. Sua situação de vida, sua qualidade de vida e sua condição física na velhice estão relacionadas ao que Deus ordenou para você e ao ambiente de vida que Ele estabelece para você, e elas não têm nenhuma relação direta com o fato de seus filhos serem filiais ou não. Seus filhos não são obrigados a assumir a responsabilidade por sua situação de vida nos últimos anos” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “Como buscar a verdade (19)”). Depois de ler as palavras de Deus, entendi que o propósito de criar os filhos não é para que eles cuidem de você na velhice, e que cada um tem sua própria missão e suas próprias responsabilidades. No entanto, depois que fui corrompida por Satanás, aceitei as ideias que ele incutiu em mim, como “tenha com quem contar na velhice”, “tenha quem cuide de você na velhice” e “crie os filhos para que eles cuidem de você na velhice”. Eu acreditava que não era bom não termos filhos para cuidar de nós na velhice. Como fui influenciada por essas visões, quando envelheci e desenvolvi vários problemas de saúde, eu só queria manter um bom relacionamento com meu filho e minha nora para que eles cuidassem de mim no futuro. Quando não pude voltar para cuidar da minha nora grávida por causa dos riscos, nem sequer tive vontade de desempenhar meu dever, por isso os problemas dos recém-chegados não foram resolvidos, e a entrada deles na vida foi atrasada. Mas, em vez de me arrepender, eu ainda esperava ser reatribuída em meu dever, para poder ir para casa e cuidar da minha nora. Pensei em como eu acreditava em Deus havia tantos anos e tinha desfrutado tanto de Sua provisão da verdade. Não só deixei de Lhe retribuir, mas, quando as coisas me sobrevieram, tudo em que pensei foi na minha própria saída. Não me importei nem um pouco com meus deveres. De que maneira eu tinha alguma humanidade? Percebi que visões como “tenha com quem contar na velhice”, “tenha quem cuide de você na velhice” e “crie os filhos para que eles cuidem de você na velhice” são truques que Satanás usa para controlar as pessoas. Viver segundo essas visões me levou a não acreditar na soberania de Deus, a me rebelar e não me submeter a Ele, e a não ter nenhum senso de fardo pelo meu dever. Quase perdi a oportunidade de desempenhar meu dever. Se eu continuasse apegada a essas visões, perderia minha chance de salvação, e realmente me arruinaria. Então, pensei nas doenças que experienciei nos últimos anos. Em 2018, eu não conseguia esticar os braços por causa da espondilose cervical que me comprimia os nervos. A irmã que me hospedou comprou para mim alguns remédios, uns para tomar e outros para aplicar. Mais tarde, finalmente consegui esticar os braços de novo. Além disso, tive um AVC isquêmico em 2020, e os médicos disseram que minha doença era difícil de tratar. Inesperadamente, uma irmã mais velha me deu quatro caixas de remédio para AVC isquêmico. Depois de tomar o remédio, minha saúde foi melhorando aos poucos. Nenhuma dessas doenças foi meu filho que ajudou a curar. Foi Deus que, vez após vez, arranjou pessoas, eventos e coisas para que minhas doenças pudessem ser curadas. Estou viva até hoje por causa da proteção Dele! Eu tinha que abandonar as falácias de Satanás, como “tenha com quem contar na velhice” e “tenha de quem depender na velhice”, e confiar-me a Deus, usando o tempo que me resta para desempenhar meu dever adequadamente para satisfazê-Lo.
Depois, li mais duas passagens das palavras de Deus: “Os pais não deveriam exigir que os filhos sejam filiais, que cuidem deles na velhice e suportem o fardo da última fase da vida dos pais — isso não é necessário. De um lado, é uma atitude que os pais deveriam ter em relação aos filhos e, de outro, é a dignidade que os pais deveriam ter. É claro que existe também um aspecto mais importante: é o princípio ao qual os pais como seres criados deveriam obedecer no trato com seus filhos. Se seus filhos são atenciosos, filiais e estão dispostos a cuidar de você, você não precisa recusá-los; se não estão dispostos a fazer isso, você não precisa resmungar nem gemer o dia todo, sentir-se desconfortável ou insatisfeito no coração nem guardar ressentimentos contra seus filhos. Você deveria assumir a responsabilidade e suportar o fardo por sua vida e por sua sobrevivência na medida do possível e não deveria jogar isso nos outros, sobretudo em seus filhos. Você deveria enfrentar uma vida sem a companhia nem a ajuda de seus filhos de forma proativa e correta e, mesmo que esteja distante de seus filhos, ainda assim você pode enfrentar sozinho tudo que a vida lhe traz. É claro que se você precisa de ajuda essencial de seus filhos, você pode pedir-lhes, mas isso não deveria se basear na ideia de que seus filhos precisam ser filiais com você nem que você precisa contar com eles. Ao contrário, ambas as partes deveriam fazer essas coisas uns pelos outros sob a perspectiva de cumprir suas responsabilidades, a fim de lidar com a relação entre pais e filho de forma racional. É claro que, se ambos os lados forem racionais, derem espaço um ao outro e respeitarem um ao outro, no fim, eles certamente serão capazes de conviver melhor e de forma mais harmoniosa, de apreciar esse afeto familiar e apreciar seu cuidado, sua preocupação e seu amor um pelo outro. É claro que fazer essas coisas com base em respeito e compreensão mútuos é mais humano e apropriado” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “Como buscar a verdade (19)”). Deus diz: “Os pais não deveriam exigir que os filhos sejam filiais, que cuidem deles na velhice e suportem o fardo da última fase da vida dos pais — isso não é necessário. De um lado, é uma atitude que os pais deveriam ter em relação aos filhos e, de outro, é a dignidade que os pais deveriam ter.” Essas palavras me comoveram muito. Deus nos disse claramente que o relacionamento entre pais e filhos deve se basear no cuidado e na compreensão mútuos, e não deve envolver nenhuma troca. Cada um tem sua própria missão, e, como pais, não devemos pedir que nossos filhos nos sustentem e cuidem de nós. Os idosos também devem viver com dignidade. Embora eu tenha criado meus filhos, eles agora estão adultos e independentes, e não têm mais muito a ver comigo. Cada um tem sua própria senda na vida e deve enfrentar o que acontece na vida de forma independente. No entanto, eu sempre quis que meu filho cuidasse de mim na velhice e não ousei experienciar de forma independente a vida que Deus arranjou para mim. De que maneira eu vivia com alguma dignidade? Ao comer e beber as palavras de Deus, minha perspectiva mudou um pouco, e me senti muito mais liberta.
Um dia, recebi uma carta de casa. Dizia que a criança tinha nascido e me pedia para voltar e cuidar dela. Senti-me um pouco abalada e pensei: “Agora estou tão ocupada com meu dever! Se eu realmente for para casa, não sei quanto tempo levarei para voltar para cá. Isso vai atrasar o trabalho. Além disso, o PC Chinês tem me procurado constantemente. Sair nesse momento provavelmente envolverá riscos. Por que ângulo que eu olhe, vejo que não posso voltar. Mas e se eu não voltar e meu filho e minha nora cortarem relações comigo? Ainda tenho que contar com eles para cuidar de mim no futuro. Se não tiver mesmo outro jeito, vou ter que voltar”. Quando pensei nisso, percebi que ainda queria contar com meu filho na velhice e busquei a verdade em relação ao meu problema. Li as palavras de Deus: “Deus não paga meramente um preço por cada pessoa nas décadas desde seu nascimento até o presente. Na visão de Deus, você veio a este mundo inúmeras vezes e reencarnou incontáveis vezes. Quem está no controle disso? Deus está no controle disso. Você não tem como saber essas coisas. […] Como Deus labuta pelo bem de uma pessoa! Algumas pessoas dizem: ‘Tenho sessenta anos de idade. Durante sessenta anos, Deus tem me guardado, protegido e guiado. Se, quando estiver velho, eu não puder desempenhar um dever e não puder fazer nada — Deus ainda Se importará comigo?’. Não é uma coisa tola de se dizer? Deus não tem soberania sobre o destino de uma pessoa e a guarda e protege durante somente a duração de uma única vida. Se fosse questão da duração de uma única vida, o tempo de uma só vida, isso não demonstraria que Deus é onipotente e tem soberania sobre todas as coisas. O trabalho que Deus faz e o preço que Ele paga por uma pessoa não são apenas para arranjar o que ela faz nesta vida, mas para arranjar para ela um número incontável de vidas. Deus assume responsabilidade plena por toda alma que é reencarnada. Ele trabalha com atenção, pagando o preço de Sua vida, guiando cada pessoa e arranjando cada vida dela. Deus labuta e paga um preço dessa maneira para o bem do homem, e Ele concede ao homem todas essas verdades e esta vida. Se as pessoas não desempenham o dever de um ser criado nesses dias finais, e não retornam para diante do Criador — se, no fim, não importam quantas vidas e gerações elas tenham vivido, elas não desempenham bem seus deveres e não satisfazem as exigências de Deus — a dívida delas para com Deus não seria grande demais? Elas não seriam indignas de todos os preços que Deus pagou? Elas seriam tão carentes de consciência que não mereceriam ser chamadas de pessoas, pois sua dívida para com Deus seria grande demais. […] A graça, o amor e a misericórdia que Deus demonstra ao homem não são apenas um tipo de atitude — são também um fato. Que fato é esse? É que Deus coloca Suas palavras dentro de você, esclarecendo-o, para que você possa ver o que é amável Nele e para que você possa ver o que é este mundo, para que seu coração se encha de luz, permitindo que você entenda Suas palavras e a verdade. Dessa maneira, sem saber, você ganha a verdade. Deus opera tanto em você de uma forma muito real, capacitando-o a ganhar a verdade. Quando você ganha a verdade, quando você ganha essa coisa mais preciosa, que é a vida eterna, as intenções de Deus são satisfeitas. Quando Deus vê que as pessoas estão buscando a verdade e estão dispostas a cooperar com Ele, Ele fica feliz e contente. Então, Ele tem uma atitude, e enquanto Ele tem essa atitude, Ele vai à obra e aprova e abençoa o homem. Ele diz: ‘Eu o recompensarei com as bênçãos que você merece’. E então você terá ganhado a verdade e a vida. Quando você tiver conhecimento do Criador e tiver ganhado Seu apreço, você ainda sentirá um vazio no coração? Não sentirá. Você se sentirá realizado e terá um senso de deleite. Não é isso o que significa o fato de a vida de alguém ter valor? Essa é a vida mais valiosa e significativa” (A Palavra, vol. 3: Os discursos de Cristo dos últimos dias, “Pagar o preço para ganhar a verdade é muito significativo”). Depois de ler as palavras de Deus, fiquei profundamente comovida. Lembrei-me que Ele sempre esteve me guiando e me protegendo, dando-me a boa sorte de receber Sua obra dos últimos dias. Agora sigo o único e verdadeiro Deus, que tem soberania e controla o destino de toda a humanidade. Com quem mais eu poderia contar na minha velhice? Deus é meu verdadeiro apoio. Pensei em como, ao longo da minha jornada, experienciei pessoalmente Sua presença e Seus feitos. Com o que eu ainda estava preocupada? Se, durante meu tempo limitado, eu continuasse a viver para minha família e para a carne, apegando-me aos pontos de vista falaciosos de Satanás para manter meu relacionamento com meu filho, deixando de cumprir meu dever, e, por fim, perdendo minha chance de salvação, isso não valeria a pena de jeito nenhum! Só quero fazer o meu melhor para cumprir meu dever pelo resto da minha vida. Essa é a meta e a direção na vida que devo buscar. Se um dia eu realmente não puder mais desempenhar meu dever e tiver que voltar para casa, mas meu filho não quiser se incomodar comigo, estou disposta a contar com Deus e a experienciar isso. Agora, tenho desempenhando meus deveres todos os dias e me sinto extremamente relaxada e liberta.
Depois dessa experiência, minha percepção mais profunda é que Deus é meu verdadeiro apoio. Somente Ele pode expressar a verdade, apontar-nos a senda correta na vida e nos levar a viver uma vida significativa. Graças a Deus Todo-Poderoso!